Análise, decisões e expectativas. Para o profissional de Recursos Humanos, o começo do ano é sempre um momento de rever a performance do ano que passou e planejar para o futuro próximo. As pessoas são a chave e o principal recurso das empresas que buscam alcançar todas as suas metas, sejam elas quais forem. E a melhor maneira de conseguir o máximo das pessoas é através dos treinamentos. Eles contribuem para colocar o grupo na mesma página, criar planos de ação específicos e evidenciar as atividades necessárias para o alcance dos objetivos.

A diferença é que em 2020 o tempo está mais curto e a realidade exige tomadas de decisão e comunicação mais rápidas. O engajamento e o senso de propósito das novas gerações trazem uma batida de trocas e acesso a informação constante. Todos querem saber para onde as empresas estão indo e como chegarão lá. E a colaboração é parte do senso de propósito: não basta comunicar, é necessário construir juntos.

E qual seria a melhor maneira de treinar as equipes? A tendência nas empresas que apoiam o desenvolvimento de seus profissionais e encorajam o protagonismo dos funcionários são treinamentos mais customizados e que usem as tecnologias de ponta disponíveis.

Com isso em mente, reunimos as principais tendências em treinamentos corporativos para 2020 e além. Prepare-se!

1. Habilidades de comunicação

Com o crescimento e a diversificação das organizações, as equipes gerenciais têm cada vez mais enxergado a importância das habilidades interpessoais dos funcionários, como inteligência emocional, colaboração, negociação e comunicação. A onipresença da tecnologia torna comum encontrarmos funcionários e candidatos extremamente habilidosos tecnicamente, mas com pouca ou nenhuma aptidão social. Isso pode ser resolvido oferecendo treinamentos de habilidades interpessoais, que encorajem as pessoas a usarem suas habilidades sociais – inclusive fazendo uso de brainstorming e jogos que envolvam atuação. Um exemplo são os treinamentos de Técnicas Avançadas de Apresentação, que não só abrangem a apresentação em cima do “palco” mas também a defesa de business plan, direção de reuniões virtuais e os materiais audiovisuais utilizados.

2. Olho no futuro

Para manter a saúde da empresa, a gerência deve identificar e desenvolver funcionários que possam exercer futuros papéis de liderança. Entre os já contratados, é importante imediatamente começar o treinamento e desenvolvimento em liderança, comunicação e habilidades de resolução de problemas. Em processos seletivos, o RH também deve identificar e destacar candidatos que possuam potencial de liderança.

A mentoria vem surgindo como forma efetiva da aceleração e inovação do aprendizado. O indivíduo aprende mais por vivências e experiências. Essa metodologia também tem contribuído muito para o real desenvolvimento da alta gestão, que passa a ter uma atuação mais autêntica e inspiracional.

3. Foco no aluno

Atualmente, um programa de treinamento precisa ser mais focado no indivíduo – suas experiências, ambiente de trabalho, desempenho, habilidades tecnológicas e até mesmo o ambiente social. Antes o foco era apenas no conteúdo, e isso gerava problemas de engajamento e identificação com os temas propostos e, consequentemente, com o atingimento dos resultados. A partir do momento em que existe um estudo do momento da organização, seus indivíduos, cenários de mercado e objetivos, o treinamento se torna bem mais efetivos.

4. Gerência e RH em sinergia

Em uma cultura de aprendizado empresarial, liderança e RH precisam trabalhar juntos para definir os valores, processos e práticas que seus funcionários e departamentos devem utilizar para alcançar as metas da empresa. Isso significa que a gerência deve saber com clareza quais objetivos deseja atingir com o treinamento, caso contrário o processo se torna uma perda de tempo e recursos.

O papel do RH tem se tornado mais colaborativo, com o surgimento de novas funções como o Business Partnering. Os profissionais de Recursos Humanos estão muito mais perto dos números, das estratégias e na busca por soluções de aprendizados efetivas e construtivas. Soluções prontas para os desafios da empresa podem não existir ainda. É preciso, portanto, abrir a mente para novos conceitos e metodologias. Trabalhar com Jornadas do Aprendizado, com a aplicação de diferentes técnicas e conteúdos, tem se mostrado uma alternativa efetiva neste novo cenário do RH.

5. Gamificação no treinamento

Gamificação não significa transformar seu treinamento num videogame. Trata-se de criar processos que incentivem o engajamento nos treinamentos através de recursos como badgesleaderboards e envolvimento da comunidade – em um sistema de recompensas que imita os videogames no sentido de envolver os participantes. E isso não se aplica apenas aos treinamentos online. Jogos vivenciais, por exemplo, fazem uso de cases reais para que o time encontre colaborativamente novas formas de resolver velhos problemas.

6. Multiplataforma

Hoje, um dos principais problemas com o desenvolvimento pessoal é o tempo. Afinal, realizar um treinamento significa parar os afazeres profissionais. Por esse motivo, é importante fornecer a capacitação no maior número de plataformas possível – na empresa, em dispositivos móveis, desktop e on-demand. Isso suaviza o problema do tempo para funcionários muito ocupados.

7. Treinamento como isca

Atualmente, o treinamento tornou-se fator diferencial para as empresas que competem pelos melhores talentos do mercado. Candidatos procuram companhias que forneçam aprendizado e desenvolvimento pessoal, e a qualidade dos treinamentos tem papel crucial em conseguir – e manter – talentos. Ofereça seu pacote de treinamentos, vivencial e estrutural, em múltiplas plataformas, como um benefício, assim como salário, plano de saúde e outros mais comuns.

Essas tendências são um ótimo indicador da direção da indústria de treinamentos e desenvolvimento profissional para 2020. O segredo está na personalização, apoio constante por parte da empresa e no aproveitamento das tecnologias disponíveis. Tudo isso dá ao funcionário os incentivos, as ferramentas e as habilidades sociais de que ele precisa para ser cada vez mais engajado e produtivo. Perceber o auto desenvolvimento, afinal, é parte importante para o crescimento da organização.

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